terça-feira, 13 de março de 2012

Aberração

Foto por ZBaranek

Carrego o peso dessa supérflua vida
Arrasto sua abundância em meu rim
Que é que faço para exorcisá-lo de mim?
Essa mísera existência deveria ser banida

O que é a morte se não afago à humanidade?
E o ensejo de afogar-me no perdão!
Ah! Aqui só me resta a esperança de podridão,
Se me resumo aos infortúnios da hereditariedade!

Meu destino se expressa na beleza do abismo
A efemeridade é meu único batismo
Findarei a sensação dessa eterna canseira

Agora, só penso em tranquilidade
Ao me simplificar à minha mínima potencialidade
E dormir eternamente sobre os espinhos da roseira

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